Vítimas de tráfico são forçadas a praticar golpes online em campo de ciberescravidão no Mianmar
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Um jovem do Sri Lanka viajou para a Tailândia em busca de oportunidades na área de tecnologia da informação (TI), mas acabou sendo vítima de sequestro e tráfico em Mianmar. Ele foi vendido para um campo controlado por gangues chinesas que praticam golpes online. O homem e outras pessoas traficadas eram obrigados a trabalhar longas horas aplicando golpes online para enganar homens solitários nos Estados Unidos e Europa.
A situação de "ciberescravidão" em que ele se encontrava era um esconderijo no meio da selva em Myawaddy, uma região não controlada pelo governo militar de Mianmar.
Segundo a Interpol, milhares de jovens do continente asiático, África Oriental, América do Sul e Europa Ocidental são atraídos para trabalhar nesses centros de cibercriminosos com a promessa de empregos na área de informática. Aqueles que se recusam a cooperar enfrentam espancamentos, torturas e violência sexual.
Relatórios da ONU estimam que mais de 120 mil pessoas em Mianmar foram forçadas a trabalhar em golpes online, que variam desde jogos ilegais até fraudes com criptomoedas. A Interpol identificou também centrais de golpes online em outros países da região, como Laos, Filipinas, Malásia e Tailândia. A proliferação dessas centrais deixou de ser apenas uma questão regional e se tornou uma ameaça à segurança global.
Diversos países, como Índia e China, têm resgatado seus cidadãos envolvidos nesses campos de ciberescravidão. O governo indiano anunciou ter resgatado 250 indianos no Camboja, enquanto a China repatriou centenas de cidadãos de centrais de golpes em Mianmar e tem pressionado o governo militar e os grupos armados do país a fecharem essas centrais.
No entanto, o número de pessoas resgatadas em comparação com o número total de detidos nos campos de trabalho é considerado ínfimo pelas autoridades.
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