Trump começa a projetar primeiros decretos e possível equipe da Casa Branca
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Washington, 7 nov (EFE).- O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, começou a moldar os decretos que assinará em seu primeiro dia no poder, incluindo um sobre a imigração na fronteira com o México, e a equipe que o aconselhará na Casa Branca e em seu gabinete.
Conforme noticiado nesta quinta-feira pelos jornais "The Washington Post" e "Politico", a campanha de Trump já está em modo de transição após as eleições americanas de terça, nas quais conquistou um segundo mandato que terá início em 20 de janeiro de 2025.
Trump planeja promulgar em seu “primeiro dia” dois decretos para “fechar” a fronteira com o México e aumentar a perfuração de petróleo para reduzir os preços, disse Jason Miller, conselheiro do presidente eleito, ao "Politico".
O assessor não deu detalhes sobre o que implicaria este suposto “fechamento” da fronteira, se significaria fechar os portos legais de entrada ou aumentar a segurança naquela zona fronteiriça, que abrange mais de 3 mil quilômetros.
Este plano do ex-presidente americano entre 2017 e 2021 gerou receios no governo do atual mandatário, Joe Biden, de que possa haver uma onda de migrantes a tentar entrar no país pela fronteira sul antes da transição, informa nesta quinta a emissora "NBC News".
Trump já anunciou esta semana que “no primeiro dia” de seu mandato ameaçará o México com tarifas de 25% sobre todas suas importações se não impedir a “chegada de criminosos e drogas ao país”, algo que poderia ser uma violação do acordo comercial T-MEC.
A equipe de Trump também não especificou em que consistirão seus decretos de maneira energética, mas o compromisso do ex-presidente com os combustíveis fósseis gerou preocupação entre os defensores de uma transição verde para enfrentar a crise climática.
MARCO RUBIO ENTRE OS CANDIDATOS A SECRETÁRIO DE ESTADO
Entretanto, a campanha do presidente eleito começou ontem para debater seriamente possíveis nomes para compor sua equipe governamental, estando o senador republicano Marco Rubio entre os favoritos para se tornar secretário de Estado, segundo o "Washington Post".
O legislador da Flórida, de origem cubana, teve uma notável influência na política para a América Latina durante o primeiro mandato de Trump, dado o seu poder na Comissão de Relações Exteriores do Senado, e este ano esteve entre os candidatos à vice-presidência na campanha republicana.
O ex-diretor da inteligência nacional Rick Grenell, muito próximo de Trump e que foi embaixador na Alemanha entre 2018 e 2020, e o senador Bill Hagerty, que foi embaixador no Japão, também aparecem como possíveis chefes da diplomacia americana, de acordo com "Politico".
Para o cargo de secretário do Tesouro estão sendo cogitados os nomes do investidor bilionário John Paulson, conhecido por ter acumulado enorme fortuna ao se antecipar à crise financeira de 2008, e do atual assessor econômico do presidente eleito, o investidor Scott Bessent, indica o "Post".
O senador republicano Tom Cotton poderá tornar-se secretário da Defesa, enquanto o candidato independente Robert Kennedy Jr., conhecido pela sua posição antivacinas, deverá ter um papel relacionado com a saúde ou a regulação dos medicamentos e alimentos do país.
O bilionário Elon Musk e o apresentador de televisão Tucker Carlson passaram o dia de ontem com Trump em Mar-a-Lago (Flórida), para que pudessem influenciar estas primeiras medidas e a escolha do seu gabinete, cuja confirmação não se espera obstáculos, graças à maioria republicana no Senado. EFE