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Karl May, o escritor que era o favorito de Hitler
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Karl May, o escritor que era o favorito de Hitler

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Mega Curioso
08/04/2022 20h51
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Ao longo de sua vida, Karl May se aventurou em diversos segmentos: viveu como estudioso, ladrão, prisioneiro e destacou-se por escrever best-sellers. Suas obras que alcançaram maior reconhecimento foi uma série de romances ambientados no oeste americano, onde o autor teria vivido várias histórias mirabolantes.

Entretanto, tudo não passava de uma farsa. May nunca havia pisado nos Estados Unidos, nunca falou com caubóis e tampouco conversou com populações de nativos. Mesmo assim, os enredos eram tão envolventes que seu público jamais pensou em questionar a veracidade dos fatos. Entre os seus fãs, no entanto, um nome se destacava: o ditador nazista Adolf Hitler.

A vida de Karl May

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Durante sua infância, Hitler teria passado tanto tempo consumindo os livros de Karl May que isso teria passado a afetar seu desempenho no colégio. E engana-se quem pensa que as histórias do escritor alemão ficaram presas apenas na infância do ditador. À medida que Hitler crescia para se tornar o líder do regime nazista, ele ainda olhava para os personagens populares de May para moldar sua visão de mundo.

May havia nascido dentro de uma família muito pobre em 1842 e decidiu desde cedo que queria ser professor. No entanto, acabou sendo expulso e perdeu a licença de professor por ter sido acusado de roubo em duas oportunidades. Para sobreviver, ele se tornou um vigarista, se passando por um investigador que verificava dinheiro falso de porta em porta, ou como um executivo que encomendava peles finas e as penhorava sob nomes falsos. 

Eventualmente, ele acabou encontrando seu lugar no mundo como escritor e passou a trabalhar como freelancer antes de desenvolver seus primeiros romances. Seus personagens mais populares eram Winnetou, um chefe Apache, e Old Shatterhand, um caubói. 

Influenciando Hitler

(Fonte: Internet/Reprodução)(Fonte: Internet/Reprodução)

Segundo estudiosos, a criação dos guetos poloneses por Adolf Hitler quando a Polônia foi invadida pela Alemanha muito está relacionado com a maneira como os povos nativos das histórias de May foram forçados a criar reservas. Também acreditava-se que o ditador admirava a maneira como os americanos brancos “mataram” as comunidades nativas, reduzindo as populações indígenas de milhões para algumas centenas de milhares. 

Outros relatos também dizem que Hitler teria demitido vários oficiais do exército nazista após um avião arregando planos de batalha caiu na Bélgica em 1939. Segundo ele, se todos tivessem lido mais os livros de May, nada disso teria acontecido. Hitler acreditava que Winnetou fornecia um exemplo de sutileza tática e prudência. 

Segundo Albert Speer, um aliado próximo de Hitler, o líder fascista continuou buscando conforto nos romances de May mesmo nas épocas mais difíceis do governo nazista. Como é de se imaginar, as histórias do Velho Oeste do escritor estavam enraizadas no racismo e no poder, tendo Winnetou e os outros nativos sido escritos como incompetentes e necessitados de salvação branca — uma visão que se tornou uma marca precisa da Alemanha Nazista. 

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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