Cidade de São Paulo confirma surto de meningite e intensifica a vacinação

A prefeitura de São Paulo confirmou na terça-feira (27) a morte de uma mulher, de 42 anos de idade, por causa da meningite. O caso, ocorrido em uma região que abrange os bairros de Aricanduva e Vila Formosa, na zona leste da capital, é uma das cinco ocorrências de meningite meningocócica do tipo C. Além da mulher, os casos registrados em um bebê de 2 meses e adultos de 20, 21 e 61 anos de idade configuram uma situação de surto da doença.

Logo após as notificações das ocorrências, a prefeitura desencadeou uma série de ações de prevenção e controle, como a disponibilização de medicamentos preventivos (como vacinas) para pessoas próximas dos pacientes acometidos pela doença. Também foi intensificada a vacinação para todos os moradores da área entre 3 meses e 64 anos de idade, incluindo busca ativa. Por enquanto, essa é a única região da cidade que faz a vacinação da população adulta. 

De acordo com a Secretaria de Comunicação do município, a imunização contra meningite está disponível em toda a cidade de São Paulo para o público-alvo, juntamente com as vacinas da covid-19, poliomielite e outras previstas no Calendário Nacional de Vacinação. Os paulistanos devem se dirigir às Unidades Básicas de Saúde (UBS), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBS Integradas e megapostos da capital. 

Qual meningite foi identificada no atual surto?

Fonte: Shutterstock/Reprodução.

Segundo a Secretária Municipal de Saúde de São Paulo, o sorogrupo identificado nas cinco vítimas é o da meningite meningocócica do tipo C. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), entre as enfermidades preveníveis por vacina, a meningite C é uma das mais perigosas. Isso porque, na corrente sanguínea, a bactéria pode provocar infecção generalizada, podendo levar à morte. 

Como no Brasil essa temida condição é mais comum em crianças de até 5 anos, a vacina contra a meningite tipo C deve ser aplicada em bebês aos 3, 5 e 12 meses de idade. Já para os jovens na faixa etária de 11 a 14 anos, está sendo utilizada a vacina meningocócica ACWY, que tem uma cobertura vacinal maior.  

Embora essa inflamação das meninges (membranas do cérebro) possa ocorrer em pessoas de qualquer idade, explica o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, "é fundamental que pais e responsáveis mantenham a vacinação de seus filhos em dia para protegê-los das chamadas doenças imunopreveníveis, como meningite meningocócica, poliomielite, difteria, coqueluche, sarampo, caxumba, entre outras."