Ações do Nubank atingem o seu menor valor após medida do BC
Tecmundo
As ações do Nubank voltaram a cair na última sexta-feira (11), fechando o pregão com uma perda de 7,23%, avaliadas em US$ 6,54 — valor abaixo dos US$ 9 estipulados na IPO em dezembro de 2021 —, sendo o menor patamar desde a sua estreia em Nova York (NYSE).
A queda teria sido influenciada pela decisão do Banco Central de “exigir mais capital das instituições de pagamento (IPs)”, conforme a complexidade e porte de cada uma. Segundo o BC, a medida acompanha o crescimento das instituições no país, visando aumentar a competição no sistema e facilitar a inclusão financeira para novos concorrentes.
As novidades só serão aplicadas em 2023, sendo inseridas gradualmente até 2025. No entanto, a norma deve impactar nas estratégias de desenvolvimento das instituições de pagamento, que inclui Mercado Pago, Picpay, Neon, entre outros.
O que muda para as IP's?
A regra classificou as instituições de pagamento em conglomerados divididos em três categorias:
- A primeira é composta por bancos tradicionais, possuindo um nível de risco na conformidade de seu porte de crédito;
- Já a segunda, por instituições com atividades restritas de pagamentos e sem risco de crédito;
- A terceira, em que a Nubank está inclusa, se encaixam as instituições que se expandiram através de outras subsidiárias e oferecem outros serviços financeiros, incluindo crédito aos clientes.
A regra muda como o capital mínimo regulatório para as IPs dos grupos 2 e 3 será calculado, considerando como base o patrimônio de referência — que analisa a qualidade desse capital. O novo padrão exclui contas que não absorveriam perdas inesperadas, excluindo certos ativos e aumentando o capital mínimo requerido.
Segundo um relatório da Genial, a mudança não será tão radical a curto-prazo para o Nubank, visto que possui um grande volume de capital de reserva. No entanto, irá exigir novos planejamentos para acompanhar antecipadamente o aumento da carteira de crédito — podendo reduzir a rentabilidade da fintech.