Novo exame pode detectar Alzheimer com picada dedo

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Cientistas britânicos desenvolveram um exame de sangue por picada no dedo rápido e simples que pode identificar as proteínas associadas ao Alzheimer em apenas 10 minutos. Os resultados foram apresentados na Alzheimer's Association International Conference.
O novo exame é capaz de detectar nove biomarcadores diferentes relacionados à doença. Isso inclui cinco variantes da proteína tau e duas variantes da proteína beta-amiloide, que estão presentes em grandes quantidades no cérebro dos pacientes com Alzheimer. Medir os níveis dessas substâncias pode ajudar a prever a progressão da doença.
O exame funciona através de nanopartículas de ouro impressas em uma série de pontos sensores. Essas nanopartículas se ligam a proteínas específicas, tornando possível a detecção de até 20 biomarcadores diferentes a partir de uma pequena amostra de sangue de apenas 0,01 ml. Em contraste, os exames de sangue hospitalares tradicionais geralmente requerem uma amostra de 30 ml.
Para realizar o exame, o sangue é colocado sobre os pontos sensores contendo as nanopartículas de ouro. Essas partículas espalham a luz quando iluminadas por baixo, criando um padrão que indica a quantidade de biomarcadores presentes na superfície. O aparelho para realizar o exame é portátil e pode ser utilizado tanto em casa como no consultório médico. O custo do exame deve ser de aproximadamente 300 euros, cerca de R$ 1.800.
Além da detecção do Alzheimer, espera-se que essa tecnologia também possa ser utilizada para detectar outros biomarcadores de saúde, como os relacionados à fertilidade feminina, alergias alimentares, diabetes e resistência antimicrobiana. Isso poderia revolucionar a forma como diagnósticos são feitos, fornecendo resultados rápidos e precisos.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva e incurável que afeta principalmente a memória, o pensamento e o comportamento das pessoas. É a forma mais comum de demência e geralmente se desenvolve lentamente ao longo do tempo. Os sintomas iniciais podem ser mínimos, mas pioram à medida que a doença avança, interferindo nas atividades diárias e na capacidade de realizar tarefas simples.
Atualmente, o diagnóstico do Alzheimer é baseado em uma combinação de métodos clínicos, neuropsicológicos e de imagem. É realizada uma avaliação clínica detalhada, incluindo histórico médico completo, exame físico e neurológico. Testes neuropsicológicos são conduzidos para avaliar as funções cognitivas, enquanto exames de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia são utilizados para identificar mudanças no cérebro relacionadas ao Alzheimer. A coleta e análise do Líquido Cerebrospinal também pode ser realizada para detectar níveis anormais de certas proteínas associadas à doença.
Essa nova descoberta científica pode trazer uma nova era no diagnóstico do Alzheimer, permitindo uma detecção mais rápida e precisa da doença. Com isso, espera-se melhorar a qualidade de vida dos pacientes e proporcionar tratamentos mais precoces e eficazes.
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