Brasil tem escassez de 750 mil profissionais de cibersegurança, diz estudo
Tecmundo
A escassez de profissionais de segurança cibernética é um problema que tem afetado empresas de todo o mundo, como aponta um levantamento feito recentemente pela Fortinet. Somente no Brasil, a demanda atual é de aproximadamente 750 mil especialistas na área.
Os dados estão na edição 2024 do Relatório Global da multinacional sediada nos Estados Unidos que trata da lacuna de habilidades em cibersegurança. Para o estudo, foram ouvidos mais de 1,8 mil líderes de empresas de tecnologia, manufatura e serviços financeiros, entre outros ramos, de 29 países.
Segundo o relatório, seriam necessários 4 milhões de profissionais de cibersegurança, globalmente, para mitigar os riscos e lidar com as diferentes ameaças digitais. Em 2023, 87% das empresas sofreram algum tipo de violação em seus sistemas, atribuída à falta de pessoas com habilidades para tratar desses problemas.
Esses ataques cibernéticos têm gerado uma série de impactos para as empresas violadas, com mais de 50% delas apresentando perdas superiores a US$ 1 milhão por conta das ações maliciosas. Além do aspecto financeiro, elas também tiveram problemas de reputação, pois 51% dos chefes foram penalizados depois dos incidentes.
Formação e diversidade
O levantamento indica, ainda, que as empresas têm sido maleáveis com os critérios de contratação para enfrentar a escassez de profissionais de cibersegurança. Mas 71% dos líderes entrevistados disseram que ainda mantêm a exigência da graduação de quatro anos no processo de seleção.
Eles também citaram a importância das certificações, com mais de 90% afirmando dar preferência para os candidatos às vagas de emprego com conhecimentos atualizados. Os contratantes se mostraram até mesmo dispostos a pagar para que os funcionários façam uma certificação em segurança cibernética.
Além disso, 83% confirmaram que trabalham com metas de contratação de diversidade, embora o número de profissionais femininas admitidas em 2023 tenha caído para 85%, redução de 4% em relação a 2022. Já as contratações de veteranos subiram para 49% e as de grupos minoritários continuam em 68%.