'A Razão Indignada': a história de Leonel Brizola e da esquerda no Brasil, segundo livro
Aventuras Na História
A obra apresenta o percurso da esquerda no Brasil personificada por um de seus maiores ícones, Leonel Brizola. É sobre duas de suas fases políticas que o livro A Razão Indignada conta, os períodos compreendidos entre 1961 e 1964 e entre 1979 e 2004, contextualizados por dez textos de historiadores. A organização da obra é de Américo Freire e Jorge Ferreira, também historiadores.
No primeiro período, as ideias políticas de Leonel. A liderança da extrema esquerda do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) durante o governo João Goulart. A influência vinha dos movimentos anti-imperialistas em meio ao contexto da Guerra Fria, quando Leonel faria defesa das reformas de base, como a agrária, a tributária, a bancária e a universitária, entendidas como condição para superar o subdesenvolvimento de uma nação.
Parte da inspiração ecoava da Revolução Cubana. Conservador, o Congresso Nacional resistia ao projeto político esquerdista, classificando Brizola como “comunista”. A luta seria articulada de diferentes formas, como pela fundação do movimento revolucionário Grupo dos Onze.
Depois, o livro salta o exílio e vai à década de 1980, quando o gaúcho assume o governo do Rio de Janeiro. O momento seria de críticas vindas tanto de grupos de esquerda quanto de setores da direita.
Considerada como preenchedora de uma lacuna para os interessados na história contemporânea do Brasil, a obra, em suma, traz detalhes do fundador do Partido Democrático Trabalhista.
Confira um trecho da obra disponível na Amazon:
Pode-se dizer, em linhas gerais, que a política nas democracias modernas opera em duas dimensões autônomas, ainda que potencialmente, diz respeito ao mundo das instituições, da adequação e aplicação das regras formais e impessoais, da rotina dos procedimentos e dos mecanismos de regulação focados na produção de regularidade e previsibilidade dos processos decisórios. Esse é o mundo preferido dos politólogos e dos engenheiros institucionais, empenhados em aperfeiçoar os sistemas e azeitar suas engrenagens, tendo em vista sua eficiência e estabilidade. Não é exagero apontar que o moderno mundo da política foi quase totalmente reduzido aos mecanismos e desafios impostos por tal dimensão.